AMOR AOS ANIMAIS
Divaldo
Franco
Professor, médium e conferencista
Professor, médium e conferencista
Em um governo do passado,
um dos seus ministros conduziu, oportunamente, um cão ao veterinário em carro
oficial. Surpreendido por um repórter, este advertiu-o sobre a irregularidade
que estava cometendo, e o mesmo respondeu enfático: – Os cães também são gente!
Acredito, pessoalmente,
que o Sr. Ministro quis dizer que os animais também merecem o tratamento dado
às criaturas humanas.
De imediato, foi
ironizado e tornou-se motivo de troça.
Se ainda estiver
reencarnado, ele poderá esclarecer que os animais estão sendo mais bem tratados
do que os seres humanos.
O amor aos animais
demonstra uma grande conquista pela sociedade, em razão do respeito à vida em
todas as suas expressões.
Os animais merecem as
mais carinhosas expressões de ternura e cuidados na condição em que estagiam.
Francisco, o santo de
Assis, assim o fez, inclusive ao então terrível lobo de Gúbio. Entretanto,
forçoso é considerar, como ocorre em todas as ideias que se transformam em
tendência, isto é, se fazem voga, que nelas surgem comportamentos
extravagantes.
Os animais, quando
domesticados, tornam-se excelentes companheiros de pessoas enfermas,
solitárias, portadoras de conflitos, inclusive depressão, autismo, síndrome de
Down e outros problemas.
A solidão também requer
muito o amor dos animais, tornando-os verdadeiros amigos e companheiros.
No entanto, em uma
civilização na qual a miséria moral é muito grande, dela decorrendo a miséria
socioeconômica, os excessos nos cuidados aos animais tornam-se uma afronta ao
sofrimento dos invisíveis, que se tornam desagradáveis, desprezados e, não
raro, perseguidos.
É compreensível que,
através do amor, que deve viger entre as criaturas, este se expanda aos
animais, aos vegetais, à natureza que nos mantém vivos e, ingratamente, a
destruímos.
Substituir o afeto de um
ser humano pelo de um animal é lamentável, porque os dois não são
incompatíveis. Pode-se amar o gênero humano e também o animal, com o mesmo
calor emocional e cuidado.
Algumas pessoas, sofridas
e solitárias, referem-se que preferem amar aos inocentes animais do que aos
indivíduos conscientes, que traem, magoam e são indiferentes aos seus
padecimentos.
Não me parece feliz a
troca afetiva, porque o instinto de preservação da vida também se encontra nos
animais e, graças ao instinto, em algumas vezes sucedem graves acontecimentos
entre esses e os seus cuidadores.
É inegável que tentar
transformar um animal em um ser humano, por mais se cuide de trabalhar esse
requisito, jamais se conseguirá. Entretanto, o amor que lhe seja dedicado é um
passo gigantesco na afetividade que um dia será dirigida às criaturas humanas.
A evolução é inevitável e
a força do amor invencível.
copiado do site da FEB
página: Artigos Espíritas
terça-feira, 04/12/2018