TRANSCRIÇÃO DE ÁUDIO GRAVADO NO SEMINÁRIO REALIZADO NA SEDE DA USE DIA 17/02/2018.
Como neste ano de 2018 haverá eleições na USE, é de grande importância que os questionamentos levantados e os esclarecimentos dados neste seminário, sejam de conhecimento de todos os espíritas que participam ou pretendem participar no Movimento Espírita.
A
IMPORTÂNCIA DO REPRESENTANTE NO MOVIMENTO ESPÍRITA
(seminário apresentado em 17/02/2018 na sede da USE Regional São
Paulo)
1ª PARTE
- ANTONIO CARLOS AMORIM
A grande questão que se coloca é a seguinte: nós temos uma
estrutura e esta estrutura se baseia na própria existência da humanidade. Nós
não vivemos isolados. Nós só conseguimos sobreviver porque estamos juntos. E
não são só nós, seres humanos, que vivemos essa situação. Todas as espécies
precisam de um agrupamento. De vez em quando a gente ouve falar que
determinadas espécies estão em risco de extinção, uma outra espécie desapareceu
justamente porque há poucos indivíduos. E se tem poucos indivíduos, em
pouco tempo esse grupo acaba desaparecendo, porque não existe diversidade e
começa a degradar aquela espécie, aquele grupo. Dessa maneira, todos nós que
vivemos neste planeta precisamos de grupo, de quantidade de pessoas e esta
quantidade de pessoas implica, evidentemente, que nós nos organizemos de alguma
forma. Então desde a família, a escola, as sociedades empresariais, nações,
tudo isso, são formas de nos agruparmos, de nos reunirmos, de
distribuirmos tarefas, de distribuirmos encargos, de forma que o conjunto possa
funcionar.
Imagine se todos nós plantássemos
batatas, nós em pouco tempo estaríamos mortos por que faltariam nutrientes
adicionais para nossa sobrevivência, já que só batatas não sustenta ninguém. Da
mesma forma, como se nós fôssemos todos mecânicos, faltaria alguém para plantar
alimentos. Então é preciso que haja plantadores de batatas, mecânicos, plantadores
de cereais, cuidadores de gado, e assim por diante. É preciso que haja
intelectuais para desenvolver as ideias, então todas as nações são necessárias
e em conjunto. É preciso que haja uma distribuição de tarefas. Nosso
agrupamento de espíritas também exige essa distribuição de tarefas, não dá para
todos serem médiuns, exercerem atividades mediúnicas, por que, no mínimo,
precisa-se alguém para dirigir e ser o coordenador dessas atividades
mediúnicas, alguém que não estando em transe possa conversar com os espíritos
que se comunicam através dos médiuns. Não dá para todo mundo ser palestrante
porque, se não, quem é que vai assistir palestra? Não dá para todo mundo
ser presidente do centro, pois quem vai cuidar da parte organizacional da
documentação, dos trabalhos, do atendimento fraterno, dos passes, dos estudos,
quem vai fazer a tesouraria, quem vai fazer a faxina do centro? Então
precisamos distribuir as tarefas entre nós todos. A grande questão é: por quê
distribuímos de determinada forma? E para que fazemos isso? Então como, esse
para quê, é uma questão filosófica, convidamos agora o nosso amigo Paulo
Roberto Gomes Castanheira para que fale agora para a gente.
2ª PARTE – PAULO
ROBERTO GOMES CASTANHEIRA
Boa tarde a todos,
então a filosofia permeia por todos nós
porque todos nós
é que fazemos as perguntas. E nesse caso, o objetivo da nossa organização
social, nós criamos entidades, no nosso caso a USE, para atingirmos nossos objetivos,
e basicamente dentro dessa criação de entidade, temos ideias que nos agrupam, porque
num determinado momento histórico nós agrupamos em líderes, normalmente
líderes guerreiros, que nos davam estabilidade. Posteriormente nós vimos que o
ideal seria nos reunirmos em torno de ideias, e foi assim que as coisas se
perenizaram mais.
Bom, estas
entidades, que reunimos em torno das ideias, elas respondem estas perguntas:
por quê? para quê? O para quê? obviamente é para atingir os nossos objetivos.
Quais os nossos objetivos? Divulgar a doutrina espírita, que nós entendemos uma
doutrina Libertadora, esclarecedora e que de uma forma concreta, resolve os
problemas importantes da vida: de onde viemos, o que somos, para onde vamos,
então, para facilitar que ela fosse disseminada, nós criamos as
entidades.
Pois é, ao mesmo
tempo que criamos, nós nos formamos em torno de ideias, e aí ficamos numa forma
mais perene. Nós também temos alguns problemas, como acontece com o ser humano.
À primeira coisa é que as situações mudam, então eventualmente uma entidade que
foi criada numa época,
ela deve ser
adaptada, ou seja, sofrer algumas alterações para responder ao ser humano de
uma outra fase histórica. Tudo bem, os próprios seres humanos, conforme a
capacidade de serem mais ativos ou trabalhar mais em equipes, dão uma
certa direção às entidades. Aqui eu não estou falando da USE estou falando
realmente de uma forma filosófica e ampla. Consequentemente isto pode fazer com
que estas entidades têm uma vida longa ou se criem outras entidades que atendam
aos novos objetivos ás novas propostas. Tudo falando de uma forma bem histórica,
bem filosófica. Esse é o nosso grande desafio como manter as nossas entidades,
e a USE é uma entidade vencedora, porque já tem décadas de vida, mas precisamos
sempre estar atentos para rever se estamos cumprindo seus objetivos, se estamos
dentro de um padrão de colaboração entre nós, como temos feito tudo isto,
como motivaremos
os nossos sucessores a fazê-lo, e tudo isto é o que nós pretendemos discutir no
decorrer deste seminário, com nova contribuição do Adonay a seguir,
teremos o aspecto prático em si, como a USE funciona no ponto de vista mais
simples, como são eleitos os nossos dirigentes, e o nosso querido colega André
Luiz Galembeck é quem vai falar sobre isso.
Pois bem, isso é
basicamente o que eu vejo em termos de filosofia.
Como nós somos frágeis,
tanto emocionalmente, como fisicamente, tanto também intelectualmente, então
nós precisamos congregar e aprender uns com os outros. O próprio Livro dos
Espíritos tem a Lei de Sociedade que mostra claramente isto que nós temos visto
como nossas necessidades. E para terminar eu vou contar uma história de quando
estava no grupo primário, e tinha nesta história um bolo feito por 1000
pessoas. Mas como? uma só pessoa faz um bolo!
Mas aí o narrador
explicou quem eram estas mil pessoas. Eram aquelas que plantaram o trigo, os
que colheram, pessoas que criavam as galinhas para colher os ovos, o pessoal que
trabalhava na lavoura para produzir o óleo, o pessoal que retirava o sal, o
pessoal que plantava a cana-de-açúcar para produção do açúcar, enfim, tantas e
tantas pessoas incluindo também aquelas que transportavam as mercadorias de um
lugar ao outro, e colocaram à disposição para os que fossem adquirir os
ingredientes para fazer o bolo. Então vocês vejam quanta gente trabalhando para
que tenhamos este resultado. Imagine este microfone quantas pessoas, quanto
tempo investido em pesquisa para que chegasse a este resultado, todos eles
trabalharam para que nós tivéssemos este benefício esta coisa maravilhosa.
Hoje estamos
falando sobre a transmissão ao vivo que vai haver no workshop no dia 4 de março
no lançamento do seminário sobre o legado de Kardec através da Internet, vocês
já imaginaram o acesso que foi permitido a tanta gente sobre a divulgação das
ideias, coisa bonita. Isto foi o trabalho de milhares de pessoas.
Eu me imagino
vindo para cá, pois eu moro a 5 km de distância, quantas pessoas quantas organizações,
empresas atuando em entidades, transporte, engenharia, vias públicas para que
eu pudesse chegar aqui.
Mas, acima de
tudo isto, acima de todas as possibilidades,
existe a
necessidade de sermos seres pensantes, por que temos hoje uma capacidade muito
grande no planeta, para alimentar muitas pessoas. Então, por quê estamos
criando conflitos e guerras?
Está faltando uma
orientação maior para entendermos que necessitamos uns dos outros e
fomos criados por uma mesma inteligência suprema e precisamos entender tudo
isto, e a doutrina espírita tem estas respostas, e precisamos nos organizar de
forma efetiva para transmitir isto aos nossos irmãos,e principalmente a nós
mesmos, nos entendermos, primeiramente nos convencer para depois sairmos a
luta.
Complementando, o
nosso amigo Antonio Carlos Amorim salienta:
Pode parecer
pueril nós estarmos falando desta forma, a maior parte de vocês que estão aqui
tem acompanhado o movimento Espírita há muito tempo, mas é preciso compreender
porque estamos aqui, para quê estamos aqui, e como estamos aqui.
O como, o
Galembeck vai nos apresentar agora.
3ª PARTE – ANDRÉ LUIZ
GALEMBECK
O que eu vou
falar, praticamente está no jornal Dirigente Espírita deste mês, na segunda
página está muito bem explicado. Eu estou aqui com o estatuto da USE
e quem quiser verificar é só entrar no site e poderá imprimir. Como não daria
para reunir os representantes das mil e quatrocentas instituições unidas do
Estado de São Paulo, por exemplo: se cada instituição enviasse dois representantes,
teríamos 2.800 pessoas e nossa sede não comportaria, e teríamos que alugar um
centro de convenções, etc. Para facilitar o trabalho, foi dividido
em centros por região, por cidade, como é o caso dos nossos amigos do
interior. Para constituir um órgão é necessário, ao menos três instituições
unidas. Podem, em casos excepcionais, se reunir em órgãos na cidade mais
próxima.
Então nós temos
órgãos municipais, intermunicipais, e aqui na capital, existem as distritais,
de bairros próximos.
No mês de março
no ano em que se realizar a assembleia geral da USE, as instituições unidas já
têm que indicar os seus representantes para o órgão local, em número de quatro:
2 efetivos e dois suplentes. Segundo o estatuto da USE, devem indicar também os
seus presidentes. Aí, em abril, é dado posse ao conselho deliberativo do órgão
local, e no mês de abril este conselho elege a comissão executiva que tem que
ser composta, segundo o estatuto da USE, de no mínimo 3 pessoas: Um presidente,
um secretário, um tesoureiro. Agora eu abro um parênteses: Para aqueles órgãos
que tem personalidade jurídica, estes devem eleger a comissão integral , ou
seja: presidente e vice-presidente, os dois secretários, os dois tesoureiros
por representantes do patrimônio público, para evitar problema no cartório de
registro civil de pessoas jurídicas, sendo que eles não registram se não tiver
integralmente composta a comissão executiva. Então no mês de abril é dado posse
à comissão executiva dentre os conselheiros. O que importa para a USE é
o representante da sociedade espírita. É também eleito neste mês, um
representante efetivo e dois suplentes para o Conselho Deliberativo
Estadual-CDE-, que vai tomar posse em junho, e quatro representantes, dois
efetivos e dois suplentes, para a Regional São Paulo. Lembrando o que aquelas
pessoas que desejam ser eleitas em cargos na Regional São Paulo, precisam ser
indicados pelos órgãos. Os departamentos, por serem cargos de confiança da
comissão executiva, não precisam ser indicados pelos órgãos. Tirando uma dúvida:
uma pessoa pode ser conselheiro e diretor de departamento, assessor aqui.
Só os membros
eleitos para a comissão executiva: presidente, vice, secretários e tesoureiros,
depois de serem eleitos, eles deixam a condição de conselheiros.
O que acontece
depois, em maio, é que as pessoas indicadas pelos órgãos vão eleger a nova
comissão executiva da use Regional São Paulo, ao mesmo tempo indicar dois
representantes para o Conselho de Administração. Ou seja, existe uma
interpretação legal de que se a pessoa é conselheira do Conselho Deliberativo
Estadual, ela não pode ser representante junto ao Conselho de Administração.
Os órgãos irão
eleger a comissão em abril, esta indicação tem que chegar aqui na
Regional. Para indicação dos elementos à Regional, o órgão tem que elaborar uma
carta. Uma comissão eleitoral irá verificar se os elementos indicados para a
Comissão Executiva preenchem a condição de elegibilidade. Se um elemento quiser
ser candidato e não for indicado pelo órgão ele não vai poder ser candidato.
Dia 10 de maio de 2018 é o prazo que a comissão deu para o envio de chapa.
Amorim: -Este
prazo é o da USE Regional São Paulo. Cada órgão regional estabelece suas
condições para funcionamento desta comissão eleitoral.
Agora, quais as
implicações de ser um representante? Este assunto será abordado por Adonay.
4ª PARTE – ADONAY
FERNANDES DE ANDRADE
Agora quem fala é
o Adonay que irá discorrer sobre as implicações de ser um representante:
Boa tarde a todos,
iremos falar agora especialmente sobre o representante, por que é muito falado,
porém muitos não sabem porque ser um representante. Vou fazer aqui um pequeno
preâmbulo: Estava lendo como se formou a USE e eu tenho aqui os anais do I Congresso
Espírita do Estado de São Paulo. Na época não existia a USE, quem seria
esse representante? Tenho aqui uma programação convidando através das
instituições da época, como a Federação Espírita do Estado de São
Paulo, Liga Espírita do Estado de São Paulo, União Federativa
Espírita Paulista e Sinagoga Espírita Nova Jerusalém. Estas entidades
reuniam os espíritas no Estado de São Paulo.
A partir
daí, houve a ideia de aproximação, e destaco uma frase no seguinte
sentido: " ...nítida renovação do indivíduo. No sentido do bem, lei
imutável, e postulado máximo do cristianismo, é o único meio de se conseguir o
aperfeiçoamento integral da coletividade. Urge, pois, sem perda de tempo,
unirem-se os espíritas como fase indispensável à realização dos objetivos
expostos, a fim de poder defender e difundir a doutrina em toda a sua magnitude
e específica finalidade. "
Me chamou também
a atenção que Bezerra de Menezes tem várias mensagens sobre
unificação, e tem uma aqui que eu achei muito interessante:
"Unamos,
amemos realmente e dirimamos as nossas dúvidas, retificação às nossas
opiniões, às nossas dificuldades, aos nossos pontos de
vista, diante da mensagem clara e sublime da doutrina mestra que
Allan Kardec enriquece, a nova era, compreendendo que somos simples
discípulos, como discípulos não podemos ultrapassar o mestre.”
Para representar
um conselho espírita qual o primeiro passo? Logicamente conhecer a
doutrina, ter condições de ao menos falar em nome da casa, e muito
importante: ter este lado fraterno, de união e preocupação de amor ao
próximo. Eu não posso pleitear para participar de qualquer evento, qualquer
atividade, se não estiver preocupado com a atividade que a casa Espírita tem, e
também quanto aos ensinamentos cristãos a que se propõe.
" a partir
daí é que a casa Espírita vai indicar aquele representante que vai falar em
nome da casa. Muitas vezes a casa alega que tem muita atividade e que não pode
mandar ninguém porque não tem muito trabalhador, isto é uma grande dificuldade.
Como resolver então? Uma das formas para se ter um representante, a partir
do momento que se vem a conhecer, é saber qual é a finalidade da USE.
Existem pessoas que tem uma porção de atividades e ainda assim conseguem
reservar um cantinho para poder participar seja na casa Espírita seja no movimento
de unificação.
Alguns perguntam:
o que você está fazendo sábado e domingo? aí eu respondo: ou eu estou na USE ou
estou participando do movimento espírita. E nós não fazemos isso por obrigação,
fazemos porque nos sentimos bem. Criamos um ambiente favorável de amizade, e
frequentemente brincamos: "vamos inventar uma reunião só para rever os
amigos" porque criamos um grupo de pessoas e nós gostamos, portanto, nos
sentimos bem quando estamos reunidos. E aqui na Regional é parecido, as pessoas
que estão aqui são pessoas que gostam de se reunir e de trocar ideias
e discutir os assuntos, e treinar as reflexões que nos levam ao
aprimoramento do conhecimento da doutrina espírita.
A pessoa que
abraça este trabalho não é para se engrandecer, é porque acredita na
transformação do indivíduo, está disposta a discutir, se embasar para
transmitir e divulgar com segurança os princípios da doutrina, e ter contato
com as melhores práticas que tornam eficientes os trabalhos nas diversas
áreas de atividades da casa espírita.
Outra coisa muito
importante é que ninguém, até que se prove o contrário, tem benefícios de
remuneração por exercer as atividades no movimento espírita.
Em resumo: essa
preocupação existe porque nós temos interesse na participação da casa espírita,
o que a doutrina propõe, como é que vamos atingir estes objetivos. Ter vontade
de estudar através do órgão de unificação ou outros meios, seja através de
cursos, palestras, enfim, trocando experiências. Outra coisa
importante a frisar: que a USE não interfere nos trabalhos das casas. Se a casa
tem um trabalho que já realiza, ainda que muitas vezes percebe-se conflitante
com a doutrina, a partir do momento que começa a participar leva à
seguinte reflexão: porque não tinha pensado nisso? É essa troca de experiência
que nós valorizamos, este é o papel da representação.
Antonio Carlos
Amorim, a seguir comenta: Ser representante é muito importante, porque ele não
vai expressar as suas opiniões, e é isso que algumas vezes escapa à percepção
das pessoas que assumem este papel. Elas não vem aqui para decidir, elas vem
aqui para trazer a informação que foi discutida lá, no seu órgão. Lá no
órgão local é que ele debate apresenta a sua opinião. E quando lá é decidido
ele tem que trazer a opinião que foi resolvido lá, e não a opinião que ele
quer, que ele goste. É um trabalho duro que nem sempre é decidido o que você
quer, mas tem que prevalecer o processo de representação. Quando assumimos essa
tarefa de ser representante, nós temos que compreender que o funcionamento do
conjunto é mais importante do que a nossa opinião, a nossa própria vontade, e
que nem sempre é fácil fazer isso. Temos visto algumas vezes pessoas que se
afastam por não concordarem com certa decisão, quando na verdade, elas tem que
participar mais, se ela acredita em alguma coisa é mostrar aos outros que
aquela opinião, aquela direção é o mais correto que se tem no momento. E para
isso é preciso que haja respeito, ela não pode à primeira vez que for
contrariada se afastar.
Bem eu creio que
o que nós temos que apresentar era isso.
ACOMPANHE, A SEGUIR, A SESSÃO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS:
Encontro da série
“Diálogos” realizado em reunião na USE Regional São Paulo, em 17/02/2018.
Assunto: “A Importância de Ser um Representante no
Movimento Espírita”
- AS ELEIÇÕES NA USE
Transcrição da
sessão de perguntas e respostas:
Pergunta 1 por Wladisney Lopes da Costa:
-No mês de março, então, a casa Espírita envia para a Distrital, Municipal,
ou Intermunicipal, o nome de quatro representantes da casa?
Resposta de André Luiz Galembeck:
-Correto são dois
efetivos e dois suplentes.
Continuação da pergunta:
-A casa
espírita faz uma carta dirigida à Distrital, Municipal ou Intermunicipal,
indicando 2 efetivos e dois suplentes. Aí então no mês de abril de 2018 o grupo
se reúne, elege então ao menos o presidente, com secretário e um tesoureiro, e
aí depois passa esse resultado para a Regional São Paulo?
Resposta André Luiz Galembeck:
-A Regional,
depois tem que indicar também ao CDE (Conselho Deliberativo
Estadual): Um efetivo e dois suplentes.
Pergunta 2: Waldemar Fabris:
-São
indicados os representantes na distrital e enviados a Regional e a Estadual
certo? Estes representantes podem ser as mesmas pessoas?
Resposta André Luiz Galembeck:
-Podem ser, não
há óbice legal algum que o representante, junto a USE Regional venha
a ser também no Conselho Deliberativo Estadual-CDE.
Continuando a pergunta Waldemar Fabris:
-Ele pode se eleger num cargo na distrital também na Regional e também na
estadual?
Resposta André Luiz Galembeck: Pode, não há óbice legal desde que a
pessoa tenha tempo e não abandone a sua casa espírita.
Pergunta 3: Adilson Lofredo:
-Eu estou pedindo às casas lá na Intermunicipal
de Cotia a ata, a cópia da ata da última eleição e o preenchimento da ficha
rosa, não é necessário isso?
Resposta André Luiz Galembeck:
-A ficha rosa, a
ata, os estatutos, são necessários quando a casa espírita se unir à USE,
então não é necessário. É só a casa enviar uma carta.
Pergunta 4 :José Silvio Spinola Gaspar:
-Eu acho que haverá um trabalho bem grande que a Freguesia do Ó terá que
fazer, que é fazer com que as casas espíritas tenham a consciência de que: Quem
representa a casa, tem que realmente estar envolvido com a casa, com bagagem
doutrinária, para que não haja escolha equivocada.
Resposta de Antonio Carlos Amorim:
-Na verdade esta
apresentação de hoje foi feita pensando em que vocês, como representantes dos
órgãos, levem esta discussão para lá. Evidente que para este ano estamos muito
próximos das eleições, pois este assunto tem que ser trabalhado de forma
constante, já que a cada 3 anos nós temos a renovação nos órgãos da USE.
Comentário de Julia Nezu:
-Eu só queria,
com respeito ao formulário Rosa, destacar que existe um formulário de adesão
que leva assinatura do órgão local e assinatura da Regional, e um formulário de
atualização, que são diferentes. A cada 3 anos, nós mandamos à casa espírita um
formulário Rosa de atualização.
colocação de Antonio Carlos Amorim:
-Mas a DE
tem enviado pelo correio estas fichas?
Complementação de Júlia Nezu:
-Tem enviado
inclusive pode ser baixado no site. Agora não é mais rosa é branca (risos).
Pergunta 5 feita por Luiz
Salvador Cacacci:
-Gostaria que vocês comentassem
a importância e as diferenças da Assembleia Geral e do Conselho Deliberativo
Estadual?
Resposta Antonio Carlos Amorim:
-Bem, aí vocês
estão falando da USE Estadual e não da Regional São Paulo. Como nós falamos que
existe a representação, e quando se fala em representação sequente, ou seja, o
representante da casa espírita é quem vai ser o representante do órgão local no
órgão Regional, necessariamente. E o representante da casa espírita também vai
ser o representante no CDE. Não há como chegar ao CDE se não for da casa
espírita primeiro.
Da mesma forma no
CA (Conselho Administrativo). O CA tem representantes que vieram das casas
espíritas e passaram pelas regionais, então toda a estrutura da USE se baseia
no representante da casa espírita. Trienalmente, quando acontece a eleição da Diretoria
da USE, existe a realização da AGO (Assembleia Geral Ordinária) onde se faz a
apresentação de um relatório, então a Diretoria Executiva-DE apresenta para a Assembleia,
e essa Assembleia é composta por representantes das casas espíritas, e nós
temos reunido nas assembleias, em torno de 150, 200 representantes. Então
denota-se que existem muitas casas que não enviam seus representantes, porque
se nós temos registradas 1400 entidades Unidas à USE, e nós temos 200 que
estão participando das assembleias, levando em conta que há muitas casas no
interior do Estado e seria difícil esta participação. Mas mesmo aqui na capital
onde temos pelo menos 600 casas Unidas, deveria ter mais gente participando.
Então a assembleia das casas Unidas vai apreciar e votar este relatório
apresentado pela Diretoria Executiva. Pode inclusive ser rejeitado, porém,
nunca aconteceu de uma Diretoria executiva ter um desempenho tão ruim que seja
rejeitado. E em seguida, é feita a apresentação para a assembleia, dos membros
do Conselho Deliberativo Estadual, CDE, que uma vez considerado empossado, se
reúne para fazer a eleição da Diretoria executiva, DE, entre os seus membros,
ou seja: os membros da Diretoria Executiva são os representantes dos órgãos
locais que estão no CDE, e que por sua vez são representantes das casas
espíritas nos órgãos locais.
Então não há como
uma pessoa chegar aqui e tomar posse da USE, caindo de paraquedas, porque se
ele não for representante de uma casa espírita em um órgão local e, desse órgão
enviado ao CDE, ele nem participa da eleição.
Pergunta 6 de Luiz Salvador
Cacacci:
-Eu posso ser representante da
casa espírita membro da Assembleia e membro do CDE?
Resposta de Antonio Carlos Amorim:
-Eu creio que não
existe óbice a isso.
Complemento da resposta por André Luiz Galembeck:
-Não existe óbice
algum, porque você pode estar representando o “José Barroso” (Centro Espírita) e
representar a USE Distrital. Não tem problema algum.
Complementa Antonio Carlos Amorim:
-Na verdade, o
único empreendimento representativo é alguém que seja representante no CDE, não
pode ser representante no CA. Então se ele foi indicado pelo órgão local como
representante e ele for eleito para a Comissão Executiva Regional como
presidente, por exemplo, e como presidente ele foi indicado para o CA, ele tem
que abrir a vaga do CDE, ou abrir mão do CA.
Complementando André Luiz Galembeck:
-Eu só queria
lembrar que quem dirige a eleição no CDE, é uma mesa composta, não de
representantes dos órgãos, e sim representantes das casas espíritas, então
vamos dizer que você venha participar da eleição, mas se você não for o
representante do “José Barroso”, você não poderá participar de uma mesa de
diretor.
Pergunta 7 de Adonai
Fernandes de Andrade:
-Quanto
tempo a pessoa tem que ter de representação?
Resposta André Luiz Galembeck: Como a indicação é do centro espírita, o
órgão da USE não pode interferir na indicação, não existe esta possibilidade.
Esclarecimento de Antonio Carlos Amorim:
-Vamos esclarecer:
A apresentação do estatuto para a USE na ocasião de sua adesão, tem o objetivo
de verificar se a instituição prima pela prática e divulgação da Doutrina Espírita,
e se não é, de alguma forma, faça algo contra os princípios do espiritismo.
A dúvida do Adonay
é pertinente porque nós podemos ser representantes “ad eternum” mas como membros das comissões executivas e da Diretoria
Executiva aí existem limitações que são estabelecidas pelo Estatuto da USE. A
casa pode mandar seu representante por 50,60 anos, mas este representante não
pode participar das comissões executivas dos órgãos locais, regionais, ou da Diretoria
Executiva além daquilo estabelecido em estatuto. Mas ele pode ser representante
normal.
Complementação de André Luiz Galembeck:
-A pessoa pode
entrar recentemente no centro espírita e se este quiser indica-la para
representante, tem a liberdade de fazê-lo.
Complementando Antonio Carlos Amorim:
-Isto vai fazer
parte do estatuto do centro espírita. Normalmente, as casas espíritas
estabelecem prazo mínimo para que a pessoa assuma determinadas funções, é uma
questão até de segurança, sendo isto responsabilidade de cada instituição.
Até o dia 10 de maio
de 2018, a comissão estabeleceu que devem chegar às suas mãos as
informações das USEs Distritais, Municipais e Intermunicipais que fazem parte
da Regional São Paulo, para que, tendo recebido as indicações para composição
de chapas e tendo recebido estas informações dos órgãos, eles vão conferir se
aquelas pessoas indicadas são representantes que, portanto, estão habilitadas a
participar. O resultado desta análise vai ser apresentado no dia da reunião de
eleição da USE Regional São Paulo, que é o terceiro sábado de maio de 2018.
Em caso de
existir uma chapa hoje: A indicação para a comissão executiva da Regional só
pode ser feita pelo órgão Distrital, Municipal ou Intermunicipal. Por exemplo: Se
Pirituba quiser indicar uma chapa, que Pirituba indique. Não existe nada
pré-estabelecido.
Pergunta 8 de Waldemar Fabris:
-Mas não está correndo já a composição de uma
chapa?
Resposta de Antonio Carlos Amorim:
-Me permitam
dizer: Se as pessoas quiserem conversar não há nada que impeça. A chapa só tem
validade após a recepção da indicação dos representantes dos órgãos locais,
seja Distrital, Municipal, Intermunicipal, ligados à USE Regional São Paulo no
nosso caso e, no caso das outras regionais, a mesma coisa.
Pergunta 9 de Waldemar Fabris:
-Então pode
ocorrer na Assembleia de haver mais de uma chapa?
Resposta de Antonio Carlos Amorim:
-Pode. A
quantidade de chapas será limitada à quantidade de órgãos participantes.
Comentário de André Luiz Galembeck:
-Pode-se concorrer
por cargos, por exemplo: O órgão não queira indicar uma chapa completa, mas
queira indicar “Fulano” como presidente da Regional, pode concorrer.
Argumenta Amorim:
-Esclarecendo, no
caso da Estadual, há a necessidade de se ter um plano de trabalho, não é o caso
da Regional, onde não há exigência legal, mas é claro que as pessoas conversam
sobre o que pretendem.
Pergunta 10 de Luiz Salvador Cacacci:
-Então como
a maio de 2018ria dos órgãos locais se reúne no terceiro e quarto sábado do mês,
só haverá trabalho da comissão eleitoral nos dez primeiros dias de maio de 2018.
Certo?
Resposta de André Luiz Galembeck:
-Correto.
Comentário de Antonio Carlos Amorim:
-A única decisão
que nós representantes tomamos, sem perante consulta ao órgão, é na eleição,
porque na eleição tomamos o conhecimento da chapa naquele mesmo dia, e não
necessariamente antes. Não necessariamente teremos uma decisão colegiada.
Acontece que nós
temos a eleição nos órgãos locais em abril e o CDE vai ser realizado em junho,
então dá tempo, são dois meses. Ao passo que no órgão Regional, nós temos em
abril a eleição do órgão local e em maio de 2018, já é a Regional. Portanto,
neste mês não dá tempo de se fazer uma reunião para tomar conhecimento,
para informar.
Pergunta 11 de Luiz Salvador
Cacacci:
-A atual Comissão Executiva da
Regional São Paulo, no caso de compor uma chapa com os participantes atuais,
isso pode ser caracterizado?
Resposta de Antonio Carlos Amorim:
-Então, precisa
ver quantos anos, quanto tempo cada um participou por que são permitidas duas
gestões no mesmo cargo e três gestões em cargos diferentes.
Pergunta 12 Luiz Salvador
Cacacci:
-Para quem encaminhar a indicação
da chapa e dos representantes?
Resposta de Antonio Carlos Amorim:
-Vai ser
respondido no meu e-mail a quem enviou, que no caso é o Sidney, secretário
desta gestão. Ele vai receber e encaminhar à comissão eleitoral. As
pessoas não precisam se preocupar em achar um outro endereço, simplesmente
retornar o e-mail.
Pergunta 13 Luiz Salvador
Cacacci:
- A comissão eleitoral é
inelegível?
Resposta de Antonio Carlos Amorim:
-Não, não há
restrição, desde que sejam representantes, estarão aptos a participar da
eleição como qualquer outro. No dia 16 de maio de 2018 de 2018 os novos membros
do Conselho Deliberativo da USE Regional São Paulo vão escolher uma mesa para
dirigir a reunião, e nesta mesa pode ter pessoas que inclusive podem fazer
parte da chapa e podem ser eleitos.
Sem mais
perguntas é feita a prece final pelo nosso amigo Adonay Fernandes de Andrade
encerrando assim as atividades deste encontro.